quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O que eu faço quando estou sem ideias?

Sim, dicas meu amigos!

Como estou aqui curtindo uma prainha em Laguna-SC tudo de bom(sim, sintam inveja xD) Não tenho muito tempo para gastar aqui. Então, já que estou sem dar noticias a um bom tempo, vou dar UMA dica para vocês: Leiam David Coimbra.

Estava de bobeira, sentado, pensando na vida, quando vejo um jornal Zero hora, jogado as traças. Pensei comigo: " Nossa, faz tanto tempo que eu não leio o Tio David. Vou ver o que anda acontecendo na coluna dele." Peguei o jornal, procurei a pagina e li. E grata surpresa eu tive. O Tio David está com UMA página inteira na Zero com o tema de vida praiana! E com uma tira, roterizada por ele e desenhada por seu inseparável "Fraga"(ou algo assim. Não sei ao certo.) chamada "Jô na praia." Uma espécie de "spin off" de seu livro ilustrado/qudrinho Jô na estrada.

São crônicas muito bem escritas e muito bem humoradas(como de costume)


Aqui fica uma pequena parte e o link para vocês a lerem inteira.


Ela era uma mulher braba de tão bonita. Conhece o tipo? Como são lindas, como todos as querem, elas se irritam. Elas se comportam como se gritassem com os homens: “Cai fora, muquirana! Eu sou mulher demais pra ti!” E elas são. Elas sempre são mulheres demais para nós. Menos para os babacas que as conquistam, claro. Uma mulher braba de tão bonita nunca ri e nunca olha para você. Você é paisagem para ela. Se olhar, cuidado: o olhar de uma mulher braba de tão bonita é um perigo.
Pois essa morena era braba de tão bonita. Magra, mas não muito. As pernas sólidas. Tatuagem no pezinho delicado. Vestia um biquíni mínimo de lacinho, observava o mar marulhante detrás de seus óculos escuros e se enfarava com o mundo. Não muito longe dela havia um grupelho de quatro ou cinco gaiatos. Eles bebiam caipirinha no canudo e olhavam para ela. Um deles, de sunga laranja, anunciou:
– Vou puxar o lacinho do biquíni dela.
Os outros desdenharam. Ele não teria coragem. Mas o sujeito parecia mesmo decidido:
– Juro que vou. Vou agora mesmo puxar o lacinho do biquíni dela.
Parei para ver a cena se desenrolar. Estava em meio a uma missão de inspeção das fímbrias do Atlântico. Havia decidido que, nesse fim de semana de calor, iria colher pedaços de histórias da areia. Diálogos. Personagens. Flashes da vida praiana. Vinha tendo sorte. No começo da minha empreitada, no sábado, ia pedir quatro pasteizinhos de camarão no quiosque em frente ao meu ponto na praia, quando chegaram dois homens na faixa dos 60 anos de idade, ambos vestindo bermudas e camisas de manga curta.
– Uma água de coco! – pediu um deles com voz de barítono.
A atendente se virou para pegar o coco, mas ele ergueu o braço:
– Peraí! Mudei de ideia. É uma estupidez tomar água de coco a essa hora. Vou tomar água de coco quando estiver mal, lá pelo fim do dia. Me dá uma cerveja bem gelada!

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Um abraço e até a próxima pessoal

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