terça-feira, 19 de outubro de 2010

Resenha: Projeto D.E.I.S.



      Bom dia/tarde/noite pessoal! Hoje vou fazer uma resenha, seguida de minha opinião sobre o livro: D.E.I.S.-Departamento Especial de Investigação Sobrenatural.- Do escritor Jones V. Gonçalves.


      Jones é um escritor gaúcho, relativamente novo. Nasceu em 1980, na cidade de Gravataí -Cidade que muitas vezes ambienta os seus textos.- Iniciou postando seus trabalhos em fóruns, depois foi convidado a escrever na revista online: União do Vapor. Revista criada por fãs, para fãs do mundo de RPG Reinos de ferro. Em 2009 passou a publicar no site O Nerd Escritor. No mesmo ano veio a sua primeira publicação, em uma antologia pela editora multifoco, na coletânea: Pacto de Monstros e em 2010 participou novamente, de outra coletânea da Editora. Só que dessa vez foi na: Fiat Voluntar Tua. (Todas informações tiradas da orelha do livro dele ;D) E finalmente, agora está com um livro solo. Contos totalmente de sua autoria. Livro Publicado pelo selo Spectrum Terror, da Editora Multifoco.

       Sinopse do livro:
       Sobrenatural, definição para tudo que extrapola a realidade natural, a qual estamos acostumados. Na policia convencional existem diversas unidades de combate a crimes ditos como normais. Mas como proceder quando o normal se mistura com o sobrenatural, quando casos ficam estranhos o suficiente para que as agencias comuns não consigam mais trabalhar neles.

       Para trabalhar em tais casos um departamento a parte foi usado como experiência no RS, o D.E.I.S. O departamento contava, inicialmente, com um pequeno grupo, o qual cresceu conforme os trabalhos dos oficiais foram sendo reconhecidos e hoje mais alguns estados brasileiros já mantém suas próprias unidades deste departamento.

       Gravataí, Santo Antonio da Patrulha e São Leopoldo servem de cenário para algumas das histórias vividas por estes agentes nas páginas a seguir, histórias recheadas de tudo que é estranho e crimes anormais.


       Como puderam notar se trata de Fantasia Urbana e das boas.
Eu gosto de pensar no D.E.I.S. Como um seriado. Você pode ler cada um dos contos separadamente, mas só conhecerá os personagens, entenderá certos diálogos e, muitas vezes, os nomes citados se acompanhar todos os episódios. Pois o livro tem uma linha, tem cronologia.
       Falando em seriado, para quem gosta de Supernatural e X-file é um prato cheio. Vejo o livro como um mix das duas series.- Um departamento oficial, da policia civil cuidando de casos sobrenaturais.
       
      O “romance” começa frio. Com alguns casos rápidos, mas, depois do texto “Cães da senhora Adelaide” as coisas começam a esquentar, continuando sem muita ligação. Você fica preso ao livro pela narrativa fácil, rápida e com a ação. Só que, ao decorrer dos outros contos, os nomes que a pouco lia, que pareciam não importar, vão se amarrando, envolvendo-se na trama. Tornando-se importantes. Para um final que te deixa você com um gosto de: Quero mais!
       Voltando a comparar com um seriado, esse final teve cara de fim de temporada! Espero que o nosso amigo escritor lance uma continuação! Uma season two!*baturuuntshhh*

Ah! Galerinha, uma coisa que eu não poderia deixar de contar para vocês é que, o nosso amigo, também está desenvolvendo um game baseado no livro. No caso: Cães da senhora Adelaide, para ser mais exato.
Quem comprar o livro ganha o código para testar a demo do game!
Pode ser comprado no site da multifoco, ou direto com o autor- Mais informações no final do post.
(Obs.: Com o Jones, o livro sai com um disconto de cinco reais.)

   
      A única crítica que eu tenho, não é nem para o Jones, mas para o pessoal que diagramou e revisou os textos. Deixaram passar, poucas vezes, alguns espaços duplos e, acho que umas 3 vezes no livro inteiro, teve alguns erros de digitação. No mais, tudo OK.


Contatos doAutor, Jones V. Gonçalves:
Textos online
O contato de e-mail para comprar o livro com ele, é: jonesvg@gmail.com

domingo, 17 de outubro de 2010

Anime extreme 2010. encontro com pessoal do nerd escritor

Andrey

Jones


Da esquerda para a direita: Andrey, Jones e Vinicius(eu =D)

Da esquerda para a direita: João, Jones, Eu, Christian, Carol, Andrey e Mari

Nós, outra vez, mas agora olhando para a camera! =D
Nós todos almoçando!


E não podia deixar de mostrar as vacas xD. Aparecemos na RBS por conta disso xD.

Dia muito bacana. Foi bom conhecer o pessoal lá!
Espero que sempre sejamos:


Musica indicada por Christian(sim o Chris da foto =D)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Teoria da 1 hora livre



      Sabe, agora que o sábado está chegando e nós teremos que adiantar a meia noite os relógios em uma hora, eu não sei o que fazer. Mas acho que não incluirá roupas...bom, não incluirá roupas, definitivamente. Penso em sair correndo, desesperadamente, pela rua. Sem roupas. Nossa, uma hora é muito pouco tempo. Tanta coisa para fazer, sem se preocupar com moral nenhuma.
       Você aí, que não está por dentro de viagens no tempo, não deve está entendendo nada. Mas como eu sou um cara muito bacana, vou tirar esse segredo da surdina e torná-lo publico. Pois todos merecem, um dia ao ano, ter um momento para fazer o que quiserem. E eu vou...sem roupas, claro.
       Bom, meus amigos, vocês todos sabem o que acontece quando se inicia o horário de verão, né? Nós adiantamos os relógios em uma hora. Dentre vários motivos, o que nos é declarado é: Poupar luz. Mas...MAAAASSS... o verdadeiro motivo que o gênio Benjamin Franklin -quem deu o primeiro pitaco de adiantar os relógios em uma hora.- não revelou aos quatro ventos, vocês saberão a seguir:
       De pé, em meio a um salão, Benjamin Franklin, vestindo um traje a rigor, feito pelo melhor alfaiate e com os melhores tecidos da época, falava para 5 amigos e 7 pessoas de importância econômica e politica, de seu novo descobrimento.
       --Meus caros amigos, tenho que revelar, que o verdadeiro motivo de pedir, para que todos adiantem seus relógios em uma hora, não duas, nem três, mas uma hora. Em um determinado período do ano é que, nós teremos 60 minutos de total liberdade.
       Todos os presentes encucaram. “Liberdade?!” gritou um jovem à esquerda de Benjamin. E ele respondeu com o mesmo vigor que falara a pouco: Sim! Liberdade!
       Um “ohhh” correu o salão inteiro. Todos afoitos e pirados com a ideia de terem uma hora INTEIRA, para correrem pelados pelas ruelas dos Estados Unidos. Bem, se correriam pelados eu não sei. Mas eu vou, com certeza.
       Os cochichos começaram a ficar fora de controle. Já tomavam formas de gritos, pela quantidade de pessoas falando ao mesmo tempo. E, por conta disso, sem perceberem, Benjamin foi raptado. E o assunto foi parcialmente esquecido por todos. Medo, acho eu.
       Mas não fiquem tristes, meus amigos, pois, de algum modo, a noticia foi veiculada na França, em forma de matéria em um tabloide da época, com todas as informações decodificadas. Essas informações correram a Europa até chegar as mãos de William Willett, da Sociedade Astronômica Real, que, sem sucesso algum, tentou persuadir a sociedade britânica a adotar o bendito horário.
      Passando, aproximadamente 7 anos, em meio a primeira guerra mundial os alemães adotaram o horário de verão. Esses alemães...Grandes estrategistas.
       O segredo, guardado a sete chaves, criticado por muitos, alegando que o relógio biológico não aguentaria essa mudança, é: duas meia noite! Entenderam? Quando, este sábado, dia 16 de outubro de 2010, bater as 11 badaladas, vocês terão, exatamente 1 hora, 60 minutos e muitos segundos até a meia noite para esquecerem de toda ética e moral que lhes foram ensinadas durante tanto tempo, e quando soarem as 12 badaladas, vocês voltem para suas casas e adiantarem os relógios novamente para as 23 horas. Simples. Aquela hora entre 23 e 24h, fora esquecida, vocês a terão outra vez. Mas agora terão que seguir as regras, para não irem presos. Entenderam?

       Bom, já que eu revelei esse enorme segredo, vou me esconder, mas não com medo das outras pessoas que não desejavam que não fosse revelado bendito segredo. Mas, sim, com medo da reação de vocês quando descobrirem o tempo que perderam lendo isso tudo!


Update: Nós só ganhamos essa hora quando vai acabar o horário de verão xD Me atrabalhei um pouquinho xD

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Coisas que eu não entendo.



     
       Quadro com cavalos correndo.
       Preciso dizer mais alguma coisa?
       Tá. Vou contar, para você, que tem um quadro com um monte de cavalos correndo para o mesmo lugar, o motivo de eu não entender você ter um desses.
       Antes que entremos nas razões -ou não- de eu não entender isso, me responda uma pergunta:
       Qual é a graça de ter um quadro cravado na sua parede, com dezenas de cavalos correndo para a        mesma direção em meio a uma planície?     
      …
      …
      …
      Não sabe, né?! Então qual o motivo de pagar para ter uma joça dessas em casa? E caso você esteja pensando: Hehe! Que bobo você Vinicius, eu uso esse quadro para camuflar o meu cofre secreto. Hehehe.
E eu digo isso: Meu amigo...Se você tiver um quadro desses e um ladrão invadir a sua casa a primeira coisa que ele vai fazer é destruir o teu quadro atrás de dinheiro. Então tira da tua cacholinha que isso é bonito e você adora! Vamos cair na real, por favor.

      Sabonetes ornamentados.
      Existe algo mais inútil que sabonetes ornamentados?( além do quadro com cavalos correndo, é claro!) Não! Esses sabonetes cheiram mal! Sim todos eles cheiram mal! São relativamente mais caros que os sabonetes normais... , além disso, quem compra essa joça não deixa você usar!
Imagine a situação:
      Você está na casa de uma amigo. Pedi para ir ao banheiro, pois está apertado. Ele diz que sim, tudo certo. Você entra no banheiro, já fica de cara com um quadro com cavalos correndo, escondendo um cofre nada secreto, dá aquela cagada, que te tira 10 quilos e tal. Você usa o papel higiênico, e quando vai lavar as mãos só tem o maldito sabonete ornamentado.
      Você pensa: Vou usar esse sabonete...já que não tem outro.
      Você usa.
      Sai todo serelepe do banheiro, com as mãos fedendo a sabonete ornamentado, e da de cara com o seu amigo com um sabonete normal em mãos.
      --Fulano...não lavou as mãos???- disse com cara de nojo e repulsa.
      --Te cagar Beltrano, claro que eu lavei as mãos. Tá maluco?
      --Mas com que sabonete, se não tinha nenhum lá?-Disse sabendo da resposta.
      --Oras bolas, com o sabonete em forma de flor.
      Nesse momento, o teu amigo está esmagando os outros sabonetes com as mãos. Irritadíssimo!
      --Não acredito...Você teve a cara de pau de lavar essas mãos cagadas com o meu sabonete de florzinha?- Neste momento só uma coisa vem a sua cabeça” hmmmm.....boiola”
      --Cara, era isso ou eu estaria com a mão cagada ainda. Não sei porque você está tão irritado!
      --Ta tudo bem, desculpa. Você não pegou o do pikachu, né?
      – Não...só o de flor. Nem vi que tinha um do pikachu.
      
      Viram?! Esse tipo de coisa só gera confusão!

Outro dia voltarei com mais coisinhas que eu não entendo! Té mais pessoal =D

domingo, 10 de outubro de 2010

Dica =D

Olá galerinha!
Sim, sim, eu ando sumido. Uma semana sem postar nada....Tudo bem, sei que vocês vão me perdoar. Então eu vou contar uma novidade para vocês: “André” será quinzenal! Eu estou meio ocupado e atrapalhado com algumas coisas aqui e não estou conseguindo terminar ele a tempo, então fica dito aqui: Prometo não atrasar mais!

Agora eu vou indicar um site para vocês =D!
Eu acredito que vocês já devem conhecer e espero que já conheçam mesmo! O site é: Puny Parker!
É um site de tirinhas do Vitor Cafaggi que é o desenhista e roterista da tirinhas. Vitor participou do MSP 50 – Mauricio de Sousa por 50 artistas- com a HQ que fecha a coletânea!
As tirinhas são no estilo de Kalvin e Haroldo. São muito divertidas e engraçadas! Toda semana tem uma nova! Fica uma para vocês:


domingo, 3 de outubro de 2010

André - Episódio 2




       Mais um dia de escola, e sabe o que é o melhor? Vou conversar com a Luana. É...a Luana. Falando em Luana, exite um nome mais belo, sonoro e sensual que Luana? Não, definitivamente. O significado deve ser ainda melhor. Eu não sei qual é, mas vou procurar saber. Quem sabe eu não possa usar isso como uma cantada? Me mostrar um homem inteligente, sagaz. Será que eu comento sobre os livros que leio? Não, não devo fazer isso. Eu nem os levo para a escola com medo. Vá que alguém me tire para babaca...

       ...de novo

      Droga. Só de lembrar o que eu passei por ler um quadrinho na aula de Educação Física.


****


       Eu nunca fui, nem sou um atleta. Não gostava de gastar a minha energia e nem passar vergonha tentando fazer polichinelos ou qualquer outro tipo de alongamento, pois, além de ser um medroso sem tamanho sou muito desajeitado. Assim ia usando as aulas de Educação Física para por as minhas leituras em dia. Lia de tudo. Quadrinhos, livros, jornal. Qualquer coisa que estivesse à mão, para passar o tempo.

      Certa vez, eu estava lendo “Entre a foice e o martelo” escrita por Mark Millar. Quando o professor João veio até mim, pedir para que eu participasse ativamente da aula. Eu olhei para os lados e tudo que vi foram os meus colegas, jogando vólei, futebol, três corta etc. E, como sempre, rejeitei a chamada.

      O prof. João curiosamente, para alguém quem leciona Ed. Física, sempre estava acima do peso. Então ele nunca foi do tipo agressivo, sabe? Daqueles professores que tentam lhe forçar a fazer todos os exercícios e tal.

      Sempre que eu negava ao pedido de participar fazendo algum esporte, ele me passava um trabalho de pesquisa e fica tudo certo.
Ele com um sorriso amarelo disse:
--Tá. André, eu quero para a próxima aula uma pesquisa sobre o vólei, pode ser?
E, como de praxe, balancei a cabeça positivamente e voltei a ler a HQ*

      Estava entretido com a leitura quando sinto a presença de alguém ao meu lado. Era o Júlio. O que dizer sobre ele? O atleta, jogador de futebol. Pegador. Eu nunca entendi por que as meninas gostavam tanto dele. Ele é uma porta. Acho que a única explicação é que ele, diferente dos outros meninos, já na quinta série tinha um físico definido.

      Bom, continuando. Ele estava olhando sobre o meu ombro a revista. Ficou por uns 3 minutos sem dizer nada. Apenas observando. Até que, abruptamente, ele falou alto, muito alto, sem gritar.
      –André! O que é isso aí?!

      Mesmo incomodado com ele mantive a calma e respondi com toda a paciência que pude ter no momento.

       --É uma revista em quadrinhos do Superman. - Impossível ser mais claro.

      Mesmo antes de eu terminar a frase, ele estava olhando para os amigos, outros jogadores de futebol, dando um sorriso cínico. Típico de quando vamos aprontar alguma coisa, sabe? Não deu outra. Júlio voltou a olhar para mim, em silencio. Fez uma troca de olhares entre mim e a revista, umas 5 vezes. Até que perguntou: Tu gosta dessas coisas né? Eu disse que sim, gostava. Então ele disse, agora sorrindo. Sorrindo cinicamente.

      --Legal. Meu amigo ali – Apontou para alguém que respondeu acenando.- tem uma coleção de uma revista do homem aranha. Bem legal. Quer ver?

      Antes que eu conclua a história, quero dizer a vocês, que estão pensando: Noooossa! Que cara burro! Tá na cara que isso é uma armadilha.
      Sim, é uma armadilha. E digo para você que eu sabia, desde o principio que era uma armadilha. Mas, só não reagi porque estava muito acoado com a situação. Não sabia o que fazer.

       Então eles me levaram para um lado da escola onde ninguém estava vendo, rasgaram a minha revista e me encheram de tapas. Simples assim. Mas aprendi a me defender melhor, já sei como agir em certas situações. Experiencia válida. E agora sabem o motivo de eu odiar tanto o Júlio, aquele maldito.

****


       Mais uma vez atrasado. A professora de matemática não vai gostar nada disso. Tudo bem. Mesmo levando um esporro nada pode acabar com a minha alegria.

      Ontem pensando em todas as possibilidades de conversa com a Luana, cheguei a conclusão que se não aproveitar esses dias com ela para me aproximar não terei outra chance. Então tenho que me dedicar ao máximo desse tempo que mantivermos contato.
Sala 301, 8:23am. Vamos bater aqui.

      --André! Que bom que veio. Pensei que iria perder a prova.

       O quê?! Calma e compreensiva...

      A professora Caroline não é conhecida por sua paciência. Apesar de ser uma mulher linda com seus obres castanhos esverdeados, madeixas negras, escuras, tão escuras que eu acho que só podem ser pintadas, e uma cinturinha delicada. Mas tudo escondido com essas roupas largas de professora estressada, ela é muito estressada.

      Certa vez, ela estava distraída corrigindo alguns trabalhos enquanto nós fazíamos os exercícios que estavam no quadro. Então o Ricardo deixou seu lápis cair e foi juntar. Como ela não admitia que nós nos levantássemos e nem conversássemos sem a sua autorização olhou com frieza para o Ricardo e num grito disse:

--Jáparadireção!- Tudo jundo sem respirar.
Eu, no alto da minha inocência, tentei argumentar:
--Mas ele só foi pe...
E antes mesmo de conseguir terminar, ela me interrompeu dizendo:
--Pode ir com ele!

       Bom, já que ela está de tão bom humor não vai ser eu a tirá-la do sério. Vou me sentar e ficar quietinho, aqui, próximo a Luana. Viu, ela até me deu um “oi”. Baixinho, mas deu.

*****

       Até que não estava difícil. Tirei pelo menos um quinze. Valendo 20. Agora é a aula de filosofia. Minha aula preferida, desde ontem quando a professora juntou eu e a Luana em um grupo de dois. Vou lá. Como devo cumprimentá-la ?

      Posso começar com um “Oi” um clássico. Não, todo mundo faz isso. Acho que vou dar um Olá! Não é tão comum e também não causa tanta estranheza.
Vou calmo.
      --Olá! Tudo bem, Luana?- Aê garotão! Sem gaguejar nem nada! Que orgulho!

       --Oi André! To bem. Aqui ó.- Ela tirou da bolsa um exemplar de Retalhos.- Quando terminar de ler a gente começa o trabalho.
       Minha nossa senhora! Is-isso dever ter umas 500 páginas!

       --Ca-claro...Pode deixar...- que desanimo. Ter que ler tudo isso...
       --Puxa uma cadeira e senta aqui. Logo ela vai começar a explica como vai ser o trabalho.

       Pelo menos vou estar perto dela. Nem que sejam apenas 45 minutos.

      É tão engraçado parar para pensar o motivo de eu gostar tanto dela. Aparência, definitivamente. Mas acho que não deva ser só isso. Eu gosto tudo nela: Roupas, cabelo, atitude. Pensando bem, aparência fica em último lugar.

     --Não acredito!- Luana gritou.
      --O quê?!

      Qual a razão desse grito? Para o que ela está olhando?

      --Rodrigo!!

      Rodrigo. Mas não tem nenhum rodri... O quê? Quem é esse.

       --Pessoal, temos um novo colega. Seu nome é Rodrigo. Vejo, pela reação, que alguns já o conhece..

      Alguns?!?!?!Só a Luana gritou como uma desesperada! Droga...Como eu posso competir com um cara desses. Olha só para ele: 1,80m, no peso certo, cabelos negros, olhos azuis, bem vestido. Porra! Como pode existir alguém assim? É evidente que ela deve amar esse cara.

       --Já que a Luana conhece ele, vou abrir uma exceção e deixa que ele faça parte do seu grupo com o André.

       Não...Não!! Porque? Eu não fiz nada para merecer isso.

       --Oi Lu. Como que tá?

       Lu. Cheio da intimidade. Sacana!

      --Tudo bem. E como que você está Rô? Quanto tempo. Não te vejo desde que estudávamos na Escola Teixeira Pinto da Rosa.

        Mimimi...pinto...Perdi miseravelmente. Eu sabia. É impossível. Em um momento, eu to feliz e radiante por ter um tempo sozinho com a Luana, em outro chega esse Rodrigo, todo bonitão que conhece ela. E ela adora ele, pelo visto.

        --Senta com a gente. Como pude esquecer. Rodrigo esse é o André, André esse é o Rodrigo um ex-colega e grande amigo.

        --Hmm...Legal.

      Vou apertar a sua mão só para não passar como um ignorante. O Palhaço ainda aperta a minha mão sorrindo. Com esses dentes brancos e retos. Como eu odeio esse cara.
Mais uma vez. Ainda bem que bateu o sinal. Vou ir para o intervalo, para deixar esses dois sozinhos.

       --Pois é, amigos, já que vocês não se veem a tanto tempo os deixarei sozinhos. To indo lá no barzinho comprar algo. Querem alguma coisa?

       --Andr..
       --Que bom que não querem nada. Tchau!- Não vou buscar nada para os pombinhos.

       Quer merda mesmo. Além de deixar os dois sozinhos lá, pois sou um fraco e não quero ver nada que aconteça entre eles, tenho que perder o intervalo nessa fila descomunal.

*****

       20 minutos depois.
       Vamos voltar para sala e ver o que está rolando com os dois. Não deve ser nada, afinal, ele é só um amigo.

       --O André!-
       --Fala Leonardo. Que foi?
       Lá vem esse chato de galocha.
       --Cara, o professor de Biologia tá doente e a gente não vai ter os dois último.
       --Sério? Nossa. Er...Todo mundo já foi embora?
       --Não, na verdade tá todo mundo indo.
       --Beleza, valeu Léo!

       Pultz, que cara legal, ficou só para me avisar. Vou correr, tentar encontrar a Lu e chamar ela pra ir em algum lugar, nesse tempo que a gente tem livre. Ha-ha! Tomara que ela queira ir comigo. E tomara que o Rodri...

       ...go...

        Não acredito! Como ela pode fazer isso?! Eles...eles...eles estão se beijando?





E agora? Será que Rodrigo e Luana, amigos de longa data estão mesmo se beijando? E se estiverem, o que André ira fazer? Descubra isso no próximo episódio de: André. xD